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Criptorquidia

A criptorquidia é uma anormalidade congênita muito comum, e afeta aproximadamente 1% dos recém-nascidos no tempo normal (a termo).

O manejo clínico é definido pela classificação em testículos palpáveis e impalpáveis.

No caso de testículos impalpáveis bilateralmente, com qualquer indício de problemas na diferenciação sexual, são necessárias avaliação endocrinológica e genética.

O exame físico é o único método de diferenciação entre testículos palpáveis e impalpáveis. Pode haver benefício na realização de ultrassonografia (US) ou tomografia computadorizada (TC) quando o testículo se encontra em região inguinal.

A laparoscopia diagnóstica, é o exame mais preciso para confirmar, ou excluir, a presença de testículo intra-abdominal, inguinal ou ausência de testículo nos casos de testículos impalpáveis.

Tratamento Clínico

Para prevenir a deterioração do testículo, o tratamento clínico ou cirúrgico deve ser realizado até os 18 meses de idade.

O tratamento clínico com gonadotrofina coriônica humana ou hormônio liberador de gonadotrofinas pode ser benéfico em ate 20 % dos casos, pois pode ajudar na descida dos testículos para a bolsa testicular.

Existem algumas evidências de que isso pode melhorar a fertilidade futura, mas ainda não existem resultados com longo tempo de acompanhamento.

Cirurgia

A cirurgia é diferente para os casos de testículos palpáveis e impalpáveis. A orquidopexia (cirurgia de abordagem inguinal) é usada para os casos de testículos palpáveis (com até 92% de sucesso). A exploração inguinal pode ser tentada também para testículos impalpáveis,

Prognóstico

Os meninos com um testículo criptorquídico (fora da bolsa testicular) têm uma taxa de fertilidade menor, mas a mesma taxa de paternidade que os meninos com testículos descidos naturalmente para a bolsa testicular.

Os meninos com um testículo criptorquídico têm 20 vezes mais chance de desenvolver câncer testicular, independente da escolha do tratamento. A orquidopexia precoce pode reduzir o risco de câncer testicular e a orquidopexia devem ser realizadas entre os 12 e os 18 meses de idade.