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Curvatura peniana congênita

Na curvatura peniana congênita o paciente já nasce com esta alteração, sua causa é desconhecida, e apresenta incidência de 4 a 10%. É diagnosticada pela história médica e sexual. O exame físico com o pênis em ereção permite a identificação da curvatura e exclui outras doenças. A ereção peniana é normal, mas pode estar comprometida pela curvatura excessiva. A cirurgia é eficaz, resultando em altas taxas de correção, que variam de 67 a 97%.

Doença de Peyronie (curvatura peniana adquirida)

A causa da doença de Peyronie (DP) permanece desconhecida, mas a hipótese mais aceita é a de micro traumas no pênis. As comorbidades e fatores de risco mais comuns são a diabetes, dislipidemias, cardiopatia isquêmica, disfunção erétil, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

A prevalência varia de 0,5 a 10% da população masculina adulta.

Esta doença apresenta duas fases, e são bem distintas.

A primeira é a fase inflamatória aguda, que pode estar associada à dor.

A segunda é a fase fibrótica, identificada pela formação de placas endurecidas palpáveis no corpo do pênis, o que pode resultar em estabilização da doença.

Com o passar do tempo, a curvatura peniana piora em 30 a 50% dos pacientes, ou estabiliza em 47 a 67% deles. A melhora espontânea ocorre em somente 3 a 13% dos pacientes e é mais provável em fases mais precoces da doença.

A dor tende a ser resolvida com o tempo em até 90% dos homens, geralmente durante os primeiros 12 meses.

Na avaliação clínica a atenção deve ser dada se a doença ainda estiver na fase ativa, para indicar o tratamento médico ou orientar o momento da cirurgia.

Os pacientes que mais provavelmente apresentam doença ativa são aqueles que apresentam sintomas há pouco tempo, os pacientes vão ter dor nas ereções e mudança no grau de curvatura.

A resolução da dor e a estabilização da curvatura por, pelo menos, 6 meses são critérios aceitos de estabilização da doença e com isso permitem a intervenção cirúrgica.

Tratamento conservador

O tratamento conservador da DP é primariamente focado nas fases iniciais da doença. Muitas opções existem, incluindo farmacoterapia oral (vitamina E, paraminobenzoato de potássio, tamoxifeno, colchicina, pentoxifilina), injeção intralesional (corticoides, verapamil, colagenase) e outros tratamentos tópicos (verapamil, iontoforese, terapia por ondas de choque, equipamentos de tração, vacuoterapia).

O papel da terapia conservadora em homens com doença crônica e estável não está completamente definido.

Tratamento cirúrgico

Embora o tratamento conservador da DP deva resolver as ereções dolorosas na maioria dos pacientes, somente uma pequena porcentagem necessita de uma retificação do pênis.

O objetivo da cirurgia é corrigir a curvatura e permitir uma penetração satisfatória.

A cirurgia é indicada somente em pacientes que apresentam a doença estável por 6 meses, embora um período de 12 meses tenha sido sugerido no passado.