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Conheça a Oncologia Urológica

Não é por acaso que os especialistas recomendam a realização de exames de rotina regularmente. Eles ajudam a identificar e tratar com antecedência diversos problemas de saúde, como os tumores urológicos.

Como em qualquer outro tipo de câncer, a hereditariedade é um dos principais influenciadores para o aparecimento de tumores. No entanto, alguns fatores podem contribuir para a incidência da doença no organismo, são eles:

  • Tabaco;
  • Obesidade;
  • Álcool;
  • Alimentação não balanceada.

Sem falar na falta de higiene e de cuidados no tratamento de doenças relacionadas ao aparelho urinário, que também aumentam os riscos de desenvolvimento desta doença.

Principais tipos de câncer urológico
Câncer de próstata:

O câncer de próstata (CaP) é, atualmente, a segunda causa mais comum de morte entre os homens. Nos países desenvolvidos, o CaP representa 15% dos cânceres masculinos, comparado com uma frequência de 4% nos países em desenvolvimento. Na Europa, existem também grandes diferenças regionais com relação aos índices de incidência de CaP.

Existem três fatores de risco bem estabelecidos para o CaP: aumento da idade, origem étnica e predisposição genética. Dados clínicos sugerem que fatores de risco externos, tais como a dieta, padrão de comportamento sexual, consumo de álcool, exposição à radiação ultravioleta e exposição ocupacional, podem também, desempenhar um papel importante no risco de desenvolvimento do Ca de Próstata.

Com a introdução de um teste sanguíneo cujo o nome é Antígeno Prostático Especifico (PSA), resultou em mais diagnósticos de câncer de próstata em estágio inicial.

É o tumor mais frequente nos homens e a segunda maior causa de morte por câncer no sexo masculino. Esta alta taxa se deve à ausência de sintomas em sua fase inicial, o que torna maior a importância dos exames preventivos.

Quando está em uma fase mais desenvolvida é comum provocar dificuldades para urinar e dores na parte baixa das costas ou na pélvis. Nos casos mais raros, há presença de sangue na urina ou no esperma, dores nos testículos, pênis e na passagem da urina.

O câncer de próstata é uma doença complexa, na qual muitos aspectos da própria doença e do paciente afetado devem ser considerados antes das decisões a respeito do manejo diagnóstico, tratamento e seguimento a serem realizados.

O exame preventivo da próstata deve ser realizado anualmente por um urologista. Atualmente existe uma campanha para a conscientização da população masculina quanto aos exames, chamada de Novembro Azul.

Câncer de rim:

O carcinoma de célula renal (CCR) representa 2 a 3% de todos os cânceres, com maior incidência em países ocidentais. Na Europa, houve um aumento anual de 2% na incidência destes tumores. Entretanto, as taxas de incidência estabilizaram-se ou declinaram em alguns países (Suécia e Dinamarca), enquanto que outros países europeus ainda estão mostrando uma tendência de aumento.

O uso de exames de imagem, tais como a ultrassonografia (US) e a tomografia computadorizada (TC), contribuiu para o aumento do diagnostico de (CCR) assintomático. O pico de incidência do câncer de célula renal ocorre entre os 60 e 70 anos de idade, com uma proporção de 2:1 de homens para mulheres.

Fatores etiológicos incluem hábitos de vida como tabagismo, obesidade e hipertensão arterial. A profilaxia mais efetiva é evitar o fumo e a obesidade. Mais da metade dos CCR são diagnosticados incidentalmente. CCR assintomáticos são geralmente pequenos e encontram- -se em um baixo estádio quando comparados aos tumores sintomáticos.

Em seu curso clínico natural, os CCR permanecem sem sintomas e não palpáveis por um longo período. Os sintomas incluem sangue na urina, massa palpável e também o surgimento agudo de varicocele ou edema bilateral de membros inferiores. Caso o paciente apresente estes sintomas devera iniciar uma investigação radiológica.

Os principais sintomas são dores lombares e sangue na urina. Pode ser detectado por meio de uma ultrassonografia de abdômen e check-ups periódicos, com o diagnóstico precoce, as chances de cura são maiores.

Não há necessidade de radioterapia ou quimioterapia. O câncer de rim é tratado cirurgicamente, por via aberta, robótica ou laparoscópica.

Câncer de bexiga:

O câncer de bexiga é um tipo de câncer que começa nas células que revestem a bexiga. A estimativa é de quase dez mil novos casos por ano, sendo a maioria apresentada por homens.

O câncer na bexiga acontece quando as células da bexiga começam a crescer de forma desordenada. Em vez de crescer e se dividir de uma forma ordenada, como deveria acontecer naturalmente, essas células desenvolvem mutações que fazem com que cresçam fora de controle, dando origem ao câncer de bexiga.

Existe três tipos de câncer de bexiga. Essa classificação está de acordo com as células do órgão que sofrem a alteração e que levam ao câncer: Carcinoma de células de transição, Carcinoma de células escamosas e o Adenocarcinoma.

As causas do câncer na bexiga nem sempre são claras para os médicos. A doença, no entanto, tem sido associada ao tabagismo, a infecções parasitárias, radiação e exposição a substâncias químicas.

É o segundo tipo de câncer mais comum do aparelho urinário. Em até 85% dos pacientes, o sintoma mais comum é a presença de sangue na urina. Mas também podem ocorrer ardência e dor para urinar.

O diagnóstico é possível por exames de imagem, combinados com uma avaliação endoscópica da bexiga (cistoscopia), citologia urinaria oncótica e biópsia da lesão.

O tratamento para câncer de bexiga depende do estágio da doença, da gravidade dos sintomas e da saúde geral do paciente.

Câncer de testículo:

Comparado a outros tipos de câncer, o câncer dos testículos é relativamente raro, correspondendo a aproximadamente 2% de todos os cânceres em homens. Nas últimas décadas, foi observado um aumento contínuo de sua incidência em países industrializados.

Atinge principalmente os mais jovens, na faixa dos 15 aos 35 anos. O sintoma mais comum é o aparecimento de um nódulo endurecido no testículo e geralmente indolor. Mas deve-se ficar atento a outras alterações, como aumento ou diminuição no tamanho dos testículos, nódulos ou endurecimentos e dores na parte inferior do abdômen.

A maioria dos tumores é derivada de células germinativas (seminoma e câncer do testículo de células germinativas não seminomatosas) e mais de 70% dos pacientes são diagnosticados com doença em estágio inicial.

Os tumores de células germinativas correspondem a 90-95% dos casos de câncer testicular, de acordo com o sistema de classificação da OMS.

Os fatores epidemiológicos de risco para câncer testicular, assim como fatores patológicos e fatores de risco clínico no estágio I e na doença metastática, são bem estabelecidos.

Atualmente, os tumores de testículo apresentam excelentes taxas de cura, principalmente devido ao diagnóstico precoce e a sua extrema sensibilidade a quimioterapia e radioterapia.

O diagnóstico do câncer testicular é baseado em: Exame clínico dos testículos e exame geral para excluir aumento de linfonodos e massas abdominais.

Ultrassom dos testículos para confirmar a presença de massa testicular sempre em homens jovens com massas retro peritoneais ou elevação dos marcadores tumorais séricos e sem massa escrotal palpável.

Atualmente o ultrassom dos testículos deve ser realizado mesmo na presença clínica de um tumor clinicamente evidente.

Marcadores tumorais séricos são solicitados antes da cirurgia: AFP, hCG e DHL. O último é mandatório em tumores avançados.

O tratamento inicial é sempre cirúrgico, e no momento da cirurgia se realiza a biopsia. O resultado do exame é dado ainda durante a cirurgia. Em caso positivo para câncer, o testículo é extraído. O tratamento posterior poderá ser cirúrgico, radioterápico, quimioterápico ou através de controle clínico. A complementação dependerá de investigação, que será realizada no seguimento de cada paciente.

Câncer de pênis:

A principal causa é a falta de higiene e a presença da fimose. No início, o câncer de pênis se apresenta na forma de células malignas concentradas nas camadas superficiais do pênis. Com o passar do tempo, o tumor se espalha pelo interior do órgão e atinge os linfonodos da virilha e abdome, configurando-se metástase

Nos últimos anos, a cura para o câncer de pênis aumentou para 80%, devido ao melhor conhecimento da doença, ao diagnóstico precoce, aos avanços tecnológicos e ao tratamento especializado em centros de referência.

Nos países ocidentais, o tumor maligno primário de pênis é incomum, com uma incidência global menor que 1/100,000 homens na Europa e nos Estados Unidos.

A incidência também varia de acordo com o grupo racial, etnia, e localização geográfica. Hábitos sociais e culturais, práticas higiênicas e religiosas interferem significativamente nos fatores de risco.

Há alguns anos demonstrou-se uma associação bem documentada entre o papiloma vírus humano (HPV) e o carcinoma de células escamosas (CEC).

O tratamento é determinado pela gravidade e extensão da doença, podendo ser feita uma cirurgia para retirada parcial ou total do órgão e retirada dos gânglios inguinais, além de quimioterapia quando necessário.